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"Ser Humano, Ser Família" com encontro no Dia da Amizade

Programa Ser Humano - Ser Família

Nídia Elisa

Dia 14 de fevereiro, assinalamos o Dia da Amizade na Legião da Boa Vontade e os participantes do Programa Ser Humano, Ser Família estiveram presentes na palestra: "Como acontece a atuação do mundo espiritual em nossa vida."
Este tema aborda a realidade de que nunca estamos sozinhos, sempre que estamos com dificuldades, enfrentando os nossos desafios, podemos sempre contar com a ajuda dos nossos Anjos da Guarda, que nos protegem e nos auxiliam a passar pelos nossos sofrimentos; e esses Anjos manifestam-se através de um familiar, de um amigo, que nas horas das tormentas nos oferece uma palavra de conforto.

Nídia Elisa


Neste Dia da Amizade os participantes deste programa da LBV foram mimados com pequenas lembranças no convívio que aconteceu após a palestra.
Ao coração de todos, este poema do Fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979):


Poema da Amizade


“Eu tenho, neste espírito de velho
“Que não compreende a vida em solidão,
“Meu particularíssimo Evangelho:
“Amizade é a minha religião.


“Nem só de feras se compõe o mundo,
“Como proclamam todos os egoístas:
“Basta verificar o amor profundo
“Que transborda nas almas dos altruístas.


“Que amizade se mostra é no perigo,
“No luto, na ruína e no sofrer:
“Porque, afinal, é fácil ser amigo
“Nas horas deliciosas de prazer.


“Estas não são teorias de um abstémio,
“Mas de homem que enxergou, em plena vida,
“A falência do espírito boémio
“Que se compraz na vocação suicida.


“Não sei se fui bem claro: o que ajuízo
“É que, em geral, artistas orgulhosos –
“Prosadores ou poetas geniosos –
“Fazem da sociedade um falso juízo.


“Na torre de marfim dos seus complexos,
“Que eles supõem de superioridade,
“Isolam-se de toda a humanidade,
“Evitam dos humildes os amplexos.


“Quem pode ser amado sem amar?
“O que esses super-homens não entendem
“É que, com tanto egoísmo, eles pretendem
“A toda a massa humana desprezar.


“Não, talentosos luminares e astros
“Da vaidade infinita, que me aterra!
“Os homens podem, mesmo assim de rastros,
“Tentar trazer o paraíso à terra.


“Mas é preciso que haja em todos nós
“Um pouco de renúncia e de modéstia,
“Uma nesga, uma fímbria ou fraca réstia
“De solidariedade em nossa voz.


“É urgente que, da torre de marfim
“Em que vivem os génios, ora desçam
“À planície e, depois, se compadeçam
“Dos pobres ‘imbecis de triste fim’.


“Cultivemos, senhores, a amizade
“Em suas santas manifestações,
“Sentindo as agonias e aflições
“Das camadas servis da sociedade!


“Por isso eu tenho − espírito de velho
“Que não compreende a vida em solidão –
“Meu particularíssimo Evangelho:
“Amizade é a minha religião”.